I Believe On You
porque o mundo para quando eu coloco meus braços em torno de você e nada realmente importa. É como se o som desligasse e todas as pessoas congelassem....Elas desaparecem e somos só você e eu
Finalmente sábado de manhã. Acordei com leves batidinhas na porta de meu dormitório e me levantei, meio cambaleante. Procurei Anne pelo quarto, mas não a encontrei. Abri a porta e dei de cara com o menino mais lindo da escola me fitando curioso.
– Sabia que você fica ainda mais fofinha quando acorda, toda descabelada? - Ele disse e soltou um leve risinho.
Foi então que eu percebi que eu estava toda descabelada e remelenta. Na hora me escondi atrás da porta e Justin caiu na gargalhada
–Poxa, bom dia para você também mocinha... Cadê a educação que eu te dei, hein Lorena?
– Cala a boca que você também nem bom dia me disse. Já chegou aqui e foi tirando sarro de mim - Bufei e fiz biquinho, mostrando apenas metade do meu rosto, pois eu realmente devia estar parecendo um zumbi. Ou pior...
–É verdade - Ele riu- Bom, acho que você se esqueceu, mas nós combinamos de que hoje eu iria te mostrar a cidade. Então fique pronta, que daqui 30 minutos eu passo aqui pra gente sair, shawty.
É, ele me arrumou mais um apelido, mas esse é exclusividade dele. Um apelido que não tem nada a ver comigo, mas não vou dizer que não gosto... porque eu adorei. Amei na verdade, então, não teve como não abrir um imenso sorriso no rosto e enfim sair de trás da porta.
–Ok, Senhor Justin. Se não se importa, vou me arrumar. Até daqui a pouco. – disse enquanto o expulsava do quarto.
–Nossa, até que enfim saiu de trás dessa porta! - Ele riu e lhe dei um soco no ombro. Ele resmungou algo que não consegui entender e seguiu pelo corredor, sumindo de minha vista.
Olhei para o relógio, que marcava 10:15 da manhã, revirei os olhos e fui em direção ao banheiro. Tomei banho, troquei de roupa, fiz um make leve e escrevi um bilhete dizendo para Anne que tinha saído com Justin e não sabia que horas iria voltar. Logo alguém bateu na porta novamente, e lá estava Justin, lindo como sempre. Ele me analisou de cima a baixo e soltou um leve risinho.
–Uau, você está linda shawty. – Disse ele me rodando, por um dos braços.
–Obrigada Justin. Você também. -Sorri e ele me estendeu o braço. Entrelacei meu braço ao dele e saímos saltitando pelo corredor, rindo e conversando descontraidamente como sempre.
– Vamos passar no Starbucks e comprar algo pra você comer. Então depois vamos ao maior parque da cidade e andar por ai.- Eu assenti sorrindo e fomos rumo ao Starbucks – já que o da escola estava fechado- no seu carro. É ele tinha um carro, pra ser mais exata, uma Range Rover preta.
Passar a tarde toda ao lado de Jus foi maravilhoso, consegui conhecer a cidade inteira! Tudo bem que não era muito grande, mas era linda e aconchegante. Acho que eu nunca ri ou me diverti tanto. Justin era realmente muito especial. Rimos e conversamos muito! Por incrível que pareça, já não conseguia mais imaginar a minha vida sem ele. O que será que estava acontecendo comigo? Fui interrompida de meus pensamentos por um convite de Justin.
–Quer tomar um sorvete?-Assenti e seguimos para a sorveteria.
Pegamos nossos sorvetes. Eu escolhi um de chocolate, e Justin optou por um de morango.
Pegamos nossos sorvetes. Eu escolhi um de chocolate, e Justin optou por um de morango.
Na verdade, nós guerreamos e dividimos o sorvete, até que o atendente da loja pediu para que nós saíssemos.
– Me desculpe por isso. – Disse ele coçando a nuca. Já percebi que é uma mania dele...
– Tudo bem. Foi um dos dias mais legais de toda a minha vida!!!
– Sério? – Ele estava impressionado. Afinal, quem acha legal ser expulso de uma sorveteria?
–É, no Brasil minha vida era, hum, como posso dizer... Diferente.
–Bom, então para compensar, vou te levar para um lugar muito especial. Meu lugar secreto.
Seguimos de carro para um ponto mais afastado do centro da cidade. Justin pegou um lenço que estava em seu porta-luvas e tampou meus olhos, alegando que era uma surpresa. Poucos minutos depois, ele estacionou o carro e me ajudou a descer, me guiando por um pequeno caminho.
– Pronto, pode abrir. – disse enquanto desamarrava o lenço.
–Wooooooooooooooow! Que lugar lindo!!! -Minha boca se abriu em um perfeito "O" ao ver aquela linda paisagem. Estávamos no alto de um morro, pelo qual dava pra ver a cidade toda lá de cima.
–Eu venho aqui desde meus 8 anos, costumava vir tocar violão.. Este lugar é muito especial pra mim, porque em todas as dificuldades que passei em minha vida, esse lugar me deixava calmo e me fazia refletir, e enxergar o lado bom da minha vida, e que existem situações piores. As pessoas acham que sempre tive uma vida maravilhosa, o menino fofo e mimado, mais nem sempre foi assim... Já passei por muitas coisas.
–Eu nunca pensei que você fosse somente mais um menininho mimado, igual a muitos daquela escola. Você é muito especial Justin - Eu disse e acariciei seus cabelos encarando aqueles lindos olhos cor de mel, que me fitavam. Ele abriu um lindo sorriso, que, pra variar, me derreteu inteirinha..
–É por isso que cada dia você me surpreende mais Lorena. Você não se parece nenhum pouco com aquelas garotas fúteis e mimadas do colégio, que só se preocupam se a maquiagem está borrada ou se a saia está curta o suficiente para chamar a atenção dos garotos. Você é diferente. É simpática, meiga, inteligente, e... amiga.
Não me contive e abri um sorriso de orelha a orelha e quando dei por mim mesma, já tinha pulado em seu colo, em um grande abraço de urso.
Ficamos minutos abraçados e logo depois, ficamos segundos nos fitando, ate que rompi o silencio um tanto constrangedor.
–E tão bom me sentir querida novamente, sentir que existe alguém que realmente se importa comigo. - Sorri de canto e percebi que ele me analisava confuso, e me incentivando a continuar. - No Brasil, eu não tinha muitos amigos. Quer dizer, nós vivíamos nos mudando, então nunca tive um laço de amizade mais concreto.
Encarei a paisagem, e logo senti suas mãos acariciarem as pontas de meus cabelos.
–Algo me diz que aqui vai ser muito diferente.
Ele passou o braço sobre meus ombros, e então ficamos abraçados, observando a bela paisagem que estava a nossa frente. Era estranho saber que alguém realmente gostava de mim, quer dizer, depois da minha mãe. Não estava acostumada a receber aquele tipo de afeto e isso me fez muito bem. Sentia que minha vida ia mudar e muito. E para melhor.
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