I believe on you
Nos seus braços já não sinto medo
POV JUSTIN
–Só-só me abraça - Ela disse em meio aos soluços e lágrimas. Era horrível vê-la assim e não poder fazer nada, me sentia péssimo, um lixo. A puxei para mais perto de mim e logo ela se aconchegou em meu peito e desabou, estávamos os dois encolhidos em um canto do corredor abraçados, parecendo apenas um corpo só de tão próximos. Aos poucos ela foi se acalmando e relaxando cada vez mais. O que será que aconteceu para ela ficar dessa maneira?
Tudo foi respondido quando avisto um homem, alto e com a cara vermelha de extrema raiva, gritando em todos os corredores à procura de Lorena, que se encolhia e começava a tremer ao meu lado cada vez que o ele se aproximava. Ele foi chegando mais perto e quando nos viu juntos, soltou um risinho irônico, nos analisando. Quem é esse cara?
–Ora, ora, ora, esse deve ser o famoso Justin - Ele disse me fitando por inteiro com um olhar de repulsa. Como assim "famoso Justin?". Uma vontade de sorrir se apossou de mim, mas tinha que me controlar, não deveria ser algo bom, se não Lorena não estaria chorando. Lorena escondeu por completo seu rosto em meu peito e estava tremendo de medo. - Escuta bem rapaz, EU QUERO VOCÊ BEM LONGE DA MINHA FILHA, VOCÊ ENTENDEU BEM? -Ele gritou e puxou ela brutalmente pelo braço colocando-a de pé ao seu lado. Espera, esse era o pai dela? Meu Deus, como é que eu não me toquei? Por impulso, me levantei e o enfrentei.
– Ou o que? -Não iria deixa-lo machucar a Lo, que a essa altura, já voltava a chorar novamente. Eu o encarava com raiva e ele me fuzilou com os olhos – praticamente me metralhando- e se virou para a Lorena.
–Me peça desculpas, sua mal educada, me deixou falando sozinho naquele quarto. Eu exijo respeito comigo entendeu? RESPEITO! E AI DE VOCÊ SE TE VER COM ESSE GAROTO NOVAMENTE,METIDO A BADBOY QUE ACHA QUE PODE ME ENFRENTAR. -Fomos interrompidos pela diretora, que pigarreou e nos encarou. Quando ela chegou aqui?
–Sr. Parker acho melhor ir embora, as coisas não vão ficar nada boas se o senhor resolver agredir algum dos meus alunos dentro dessa instituição. E eu lhe garanto que irei tomar as devidas providencias se isso acontecer. -Ela disse seca e autoritária.
O Sr. Parker soltou a Lorena, que veio correndo se esconder em meus braços, e saiu completamente alterado por aqueles corredores, batendo os pés e resmungando. Olhei para a Srta. Eleonor que nos fitava com um sorrisinho discreto nos lábios.
–Acho que agora você esta bem não é Lorena? - Essa não foi nem uma indireta, foi uma direta mesmo, do tipo tapa na cara. Lorena assentiu com a cabeça, envergonhada, e a diretora voltou a falar - E a Srta. está liberada. Podem ir, os dois.
–Liberada pra que? -Falamos juntos.
–Cuide dela Justin - ela deu uma piscadela e saiu em seguida, nos deixando a sós. Foi ai que eu entendi, ela quis dizer para eu sair com a Lorena, leva-la pra longe daqui e vai ser exatamente isso que eu vou fazer. Vou leva-la para a minha casa esse final de semana.
–Lo - Disse segurando em seus brações e nos afastando um pouco. Apenas o suficiente para que eu pudesse olhar em seus olhos - Você esta bem?
Ela sorriu amarelo, limpando os olhos já vermelhos e inchados de tanto chorar.
–Acho que sim – Ela disse olhando para a marca vermelha em seu braço, provavelmente deixada por seu “pai” - Obrigada, Justin... Por tudo! Principalmente por ter enfrentado aquele rabugento. E-eu não deveria ter te colocado no meio, mas ele estava te ofendendo, tinha que te defender. - Interrompi ela, um tanto confuso. Como assim ela me defendeu?
–Como assim você me defendeu? Não estou entendendo nada! Vocês brigaram por minha causa? – Culpa ou felicidade? Quem sabe os dois...
–Acabei comentando com ele que tinha saído para conhecer a cidade com você, ai ele ficou todo nervosinho e disse que não queria me ver com nenhum menininho, namoradinho. Eu não me aguentei em vê-lo falando essas coisas sobre você e acabei me excedendo. E depois de você o enfrentar, ele começou a te odiar ainda mais - Ela riu- Acho que você é a primeira pessoa que o enfrenta. Mas relaxa... Não foi totalmente sua culpa.
–Não acredito que você o enfrentou justo por mim? – Ri - Falei que você não é e nunca vai ser igual e essas putinhas por ai. Não para mim e nem para ninguém enquanto eu estiver por perto - E isso era realmente a mais pura verdade. Ela era realmente especial e eu estava me apaixonando por ela. É, acho que cai na real agora. Ela corou violentamente e me lembrei de convida-la para ir passar o fim de semana na minha casa.
–Lo, o que você acha de ir conhecer minha casa esse final de semana? Ai agente aproveita e passa o domingo lá ou visitando a cidade direitinho, já que estamos liberados. Minha mãe vai adorar te conhecer e vai se bom pra você se distrair um pouco.
–Não sei não Jus. Não quero te incomodar. É seu domingo com a sua mãe. Pode ir que eu vou ficar bem aqui.
–Se você não for comigo, eu não vou pra casa, vou ficar com você e ai vai ser você que vai estragar meu domingo e ainda vai ter que se entender com a minha mãe. – Disse fazendo bico e ela gargalhou.
–Okay então kidrauhl, eu aceito passar o fim de semana na sua casa. – Ela disse revirando os olhos e levantando as mãos, em sinal de rendimento. Sorri instantaneamente e a puxei para um abraço de urso.
–Ótimo, então vai arrumar sua mochila pra agente ir. Já estamos atrasados minha mãe vai ter um troço! Te espero no carro -Dei um beijo demorado em sua bochecha e sai andando, ou melhor, correndo em direção ao estacionamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário