quarta-feira, 10 de abril de 2013

i believe on you: capitulo 15

I beieve on you

Eu sei que quando eu estou com ele , meu mundo para, meu coração acelera, e ele me trata de uma forma que eu me sinto a pessoa mais maravilhosa do mundo 





>-Calma apressadinho! Ja to saindo. - disse enquanto terminava de colocar meu brinco.
Ao sair, sem querer bati a porta em Justin, que estava apoiado com a cabeça nele. Ele massageou a testa e me olhou.
–Olha, até que valeu a pena esperar. - ele disse debochado enquanto me abraçava pela cintura, juntando nossos corpos.
–Se você tivesse um pouquinho mais de paciência senhor Johnson, poderia ter ficado bem melhor.
–Impossível.
Só pude sentir o sangue se concentrar em minhas bochechas, provavelmente me presenteando com uma coloração de pele anormal, o que fez Justin soltar um risinho fraco, e então selar nossos lábios em um beijo lento, que poderia durar para sempre. Mas não durou. Logo uma pessoinha, ou melhor, uma garotinha loira adentrou o quarto, oque fez com que nos seprassemos com tanta velocidade que chegou a ser assustador.
–Boo Boo! - a garotinha disse, correndo em direção ao Justin e pulando no colo dele, que por sua vez se abaixou para facilitar o trabalho dela. Jazzy. A reconheci pelas fotos que Justin havia me mostrado.
–Jazzy meu amor! Que saudades que eu tava de você pequena.
–Eu também- ela disse e se soltou dele, olhando para mim. - Oi, meu nome é Jazmyn, mas pode me chamar de Jazzy. Quem é você? Você é a amiga do Boo Boo que a tia Pattie disse? Vocês são namorados? Eu gostei de você, é muito bonita, mas fala muito pouco. Né Boo Boo?
Aquele projeto de pessoa despejou todas essa perguntas de uma só vez, nos deixando confusos e no final, respirando profundamente, causando risos.
–Oi Jazzy. Meu nome é Lorena, mas me chame de Lo. Sim, eu sou amiga do seu irmão, não somos namorados, muito obrigada e eu também te achei muito bonita.- disse enquanto trazia Jazzy para mais perto de mim, e me abaixando para ficar da altura dela.
–Hey Jazzy, cade o Xon?
–Ele está lá em baixo com a tia Pattie, a mamãe e o papai.
–Papai está aqui também?- Justin perguntou, e pude notar certo despreso em sua voz, seus ombros ficaram tensos e seus olhos não brilhavam mais como haviam brilhado a poucos segundos atras, quando abraçou Jazzy.
–Crianças, descam. A comida já está esfriando. - Gritou Pattie, do andar de baixo. Jazzy foi a primeira a sair do quarto, deixando eu e Justin as sós.
–Tá tudo bem?
–Ta sim, não se preocupe. É só que... Esses almoços familiares sempre acabam com uma briga entre eu e meu pai e depois ele e minha mãe vão conversar no escritório.
–Relaxa. Eu to aqui agora e vou te ajudar.
–Muito obrigada Lo. Você é a melhor. - ele disse e me abraçou com muita força. Peguei sua mão e nos guiei até o andar de baixo. Ao chegar a sala de jantar, todos os olhares se concentraram em nós. Reconheci Jaxon, que estava sentando numa cadeira um pouco mais alta, ao seu lado estava uma mulher, que deveria ser Erin, madrasta de Justin e ao seu lado um homem, com uma expreção carrancuda, apesar de parecer ser bem tranquilo.
Cumprimentamos todos com um acenos de cabeça e um "Bom dia" e nos dirigimos para nossos lugares. Pattie me apresentou ao Jeremy, pai de Justin e a Erin. Conversamos um pouco até que a comida já estivesse a mesa.
–Então vamos orar? -disse Pattie, que estava sentada a ponta da mesa - Lorena, gostaria de fazer as honras?
–Claro- assenti, com um pouco de receio, mas por baixo da mesa senti Justin apertar minhas mãos, o que me deu um pouco mais de traquilidade.- Senhor Jesus, muito obrigado por tudo em nossas vidas Senhor. Obrigado por essa comida maravilhosa que está nessa mesa, obrigado pela oportunidade que temos em estarmos todos reunidos nessa tarde maravilhosa. E principalmente, obrigado por colocar essa pessoas maravilhosas no meu caminho quando eu mais precisei Senhor. Que a vida de cada um de nós presentes seja abençoada por sua Glória. Amém.
–Amém - todos repetiram em conjunto, então nos sentamos para finalmente, comer.
[...]
–Então Lorena, você é de onde? - Erin perguntou toda simpática, tentando puxar assunto enquanto a sobremesa era servida.
–Sou do Brasil.
–Nossa que legal! E o que te traz para tão longe? - perguntou Jeremy.
Aquilo foi um choque para mim. Achei que já estivesse melhor, mas parece que era apenas temporário. Automaticamnete meus olhos se encheram d'água, e pude sentir algumas poucas lágrimas deslizarem pelo meu rosto. Senti as mãos de Justin em minhas costas, mas nem isso me reconfortou.
–Com licença, preciso tomar um ar. - disse e me levantei, em disparada a qualquer lugar, onde eu pudesse ficar sozinha. Sai pela porta da frente e corri para lugar nenhum.
P.O.V. Justin
-Você não vai atras dela? - perguntou meu pai, enquanto eu ainda estava virado em direção a porta, onde Lorena esteve a poucos segundos atras.
-Não. Ela precisa desse tempo.
-Como assim? A garota acabou de surtar, ela não conhece nada por aqui! Você deveria estar ajudando-a!
-Você não conhece ela! Não pelo que ela está passando! Eu sei melhor do que você quando eu preciso correr atrás dela ou não! - agora nós doi já gritavamos. Eu estava nervoso, e meu pai também. Erin e minha mãe haviam tirado as crianças de perto assim que viram que tudo começaria. Sai em direção ao quintal, e por algum milagre meu pai não veio atras de mim. Eu precisava ficar sozinho.
Fui em direção as salas temáticas, mais especificamente a de música. Não sei porque, mas era uma boa maneira de colocar meus sentimento para fora. Caminhava em paços largos e firmes até chegar á conhecida e grande porta roxa.Abri-la e fui direto para meu violão encontrando o mesmo,no canto da sala.
Essa é e sempre foi minha válvula de escape dos meus problemas (quase todos,vindos do senhor sabe-tudo,conhecido como meu pai).
Tocava os primeiros acordes,quando percebi que tudo o que estava sentindo daria uma bela música,que ficaria para depois.E assim fiquei,por uns bons 20 minutos,somente tocando,sem rumo,até perceber que estava na hora de procurar por Lorena.
Quando saí rumo ao jardim me deparei com mamãe,Erin,meus irmãos brincando no grande tapete felpudo predileto de minha mãe,e meu pai sentado.Todos em um silêncio lastimante.Porém,os olhares foram voltados para mim,quando deram pela minha presença.
- Ela está lá no jardim,acho que precisa de você -respondeu dona Pattie,me mandando um olhar reconfortante.Me dirigi a porta da frente de casa,mas não antes de escutar mais um resmungo de meu pai.
- Não entendo pra que todo esse cuidado com essa menina...será que ela é feita de açúcar?-AAAAAAAAAAAAAAH mais ele não podia escolher pior hora para soltar mais merdas de sua boca.Aquilo foi a gota d'água.Voltei intantâneamente parando à sua frente e assustando à todos com meu olhar exalando fúria.
- Ela é feita de açúcar? Foi isso mesmo que eu ouvi? -Gritei -Vem cá,quem é você pra julgá-la? Lorena está aqui por que não tem pra onde ir!Porque a única coisa boa em sua vida era sua mãe,que morreu à alguns meses,aí,como se já não bastasse sofrimento o bastante em perder uma mãe,o pai resolve dar as caras e piorar ainda mais sua vida.Ele não liga pra ela,bate nela,humilha ela.Só tem sua guarda por mera obrigação.Ela não tem família,não tem em quem se apoiar,não tem um ombro pra chorar quando sente aquele aperto no peito...ou melhor,não TINHA - soltei uma risadinha maléfica - agora me fale,ela aguenta tudo isso com um sorriso no rosto,lutando cada dia por uma vida melhor e o senhor ainda me fala que ela é feita de açúcar?O senhor "sou o fodão" -fiz aspas com as mãos-não consegue nem manter o filho por perto,sem criticar e ser rabugento.Dúvido que aguentaria metade do que ela aguenta -todos estavam estáticos-Repense seus conceitos-finalizei,aos gritos e saindo porta afora.
[...]
Lá estava ela.Sentada,escondida entre alguns arbustos do grande jardim,olhando a paisagem da cidade.Ela não chorava,porém,pelo estado do seu rosto,sabia que já tinha chorado rios de lágrimas.Sentei ao seu lado,também observando o horizonte.
-Obrigada-ela começou,finalmente,depois de longos minutos de silêncio-precisava desse tempo sozinha...pra mim,sabe? -concordei levemente com a cabeça-é triste saber que você está sozinha no mundo-abaixou a cabeça
-Shhhh -coloquei meu dedo indicador sobre seus lábios-nunca mais diga isso Lorena.Olhe,sei que te conheço a pouco tempo,mais o bastante pra dizer que você nunca estará sozinha.Lorena,você é uma das melhores coisas que já aconteceram na minha vida,você é uma pessoa maravilhosa e merece ser feliz.Voce nunca estará sozinha,sempre estarei com você nos momentos bons e nos ruins,sempre estarei aqui para você se apoiar,para te levantar,sempre que você cair -sorri e a abracei,ela fungou em meu pescoço e percebi que estava chorando
-Você também é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida -sussurrou-obrigada por estar aqui comigo kidrauhl-sorri,sabendo que a partir dali,tudo começaria a melhorar.

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